quarta-feira, 19 de março de 2014

Mais um dia, talvez.

Hoje: aparentemente mais um dia monótono de férias. As olheiras pesam, talvez. O sorriso já não tão aberto que, ora, mostra a dentição, já incompleta, ora, já não sabe dissimular que os dentes rangem. É hora de mudança, ele diz. Não sabe que os destinos e poder sobre sua vida são tão peculiares que, ao invés de inovar e tonar-se itinerante em uma vida, repete-se, afunila-se, perde-se o risco. Se sentir perdido é um sentimento que todos compartilhamos. Às vezes a memória aguça as piores lembranças e o nosso pensamento - se não usado e controlado de maneira sábia - pode ser nossa maior arma e o maior instrumento para a nossa própria destruição. Parece piegas e despretensioso, mas os sentimentos devem aflorar com mais avidez, a vida deve mostrar pro que vale, entende? Lógico que isso não quer dizer que, estáticos, observaremos, num desfrute, a nossa própria sorte. Ser sujeito de uma história não querer abarcar o mundo num só momento. Não é querer apreender todos os conhecimentos, imagens, falares...Ufa! Até cansei em pensar. É muita coisa e muito pesado. De repente não é falta de capacidade. Mas, sim, falta de hábito. Pra ver, crer. Permitir-se.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Instinto de panda


Eu, sinceramente, não sei como se comporta um panda no seu habitat natural. Na verdade, sei muito pouco sobre a vida animal. Porém, sei um pouco - ainda que o pouco seja muito pouco para toda a vasta vivência que me espera - da vida humana. Até é um contra senso porque muitas das atitudes humanas têm se assemelhado com as dos animais. Ou melhor: os comportamentos catalogados para os animais irracionais são invertidos ou peculiares da raça humana.
Tô mais pro instinto de panda: abraçar todos, ficar feito um bobão por aí...Mesmo que não seja essas as características principais desses animais, prefiro pensar, rotular assim. Afinal, fica mais fácil pra pensar, pra fazer o raciocínio e quando perguntarem sobre a pulsão Freudiana, que nada, é tudo puro instinto de panda. Porque a rotina dos dias é o sorriso, a presença das lágrimas é apenas algo que deve ser considerado como "de vez em quando" ou "isso acontece".
Assim, torna-se muito mais prática a forma de se pensar sobre um conceito tão comezinho, que, porém, acaba-se tornando engraçado. Respirar não é o suficiente: deve-se observar atentamente cada cheiro ou odor, sentir cada batida mínima do coração. Às vezes, corremos tanto, que nos esquecemos do motivo mais especial para toda a nossa existência: a vida.

Devaneios


Já parou pra pensar como a maioria das coisas são demarcadas em nossa vida? Em uma antiga reminiscência do 'Pequeno Príncipe'parei para refletir: os números, em sua vasta imensidão e complexidade, às vezes, não traduzem ou não servem para nada. Em muitos momentos ouvi coisas do gênero: "você é muito novo(a) para namorar", ou seja, quer dizer que tem uma idade certa para encontrar o novo amor? Ou então: "esses 10 quilos fizeram diferença", quer dizer que, se eu perder peso vou estar aceitável ou mais bonito? Para sociedade ou para mim?
O que me indago - desde de pequenos raciocínios até aos mais complexos - é que, devemos sempre fazer escolhas para as nossas vidas e, na maioria das vezes, elas tendem a ter uma única via: ou se agrada aos outros ou a si mesmo. E por que não a si mesmo? Não é você que terá de encarar as consequências das suas próprias escolhas? Seja qual for o peso que lhes fora conferido. Porém, ser esteticamente saudável, sexualmente ativo não é pressuposto nenhum para que esteja bem por dentro. Lógico, há diferenças rasuáveis para cada necessidade, vontade e desejo do ser humano. Afinal, a diferença é um elemento que nos torna únicos. Imprescindível é a distinção entre os elementos tênues que fazem parte de você, dos outros e da sociedade. Alguns valores são adaptados para se conviver em boa sociedade. A numeração da idade, realmente, diz algo sobre o que você é? Para mim, serve apenas para se contar rugas, para poder frequentar ambientes restritos para maiores de idade e talvez, até, para se elencar uma relativa experiência - mesmo com suas diversas ressalvas, que fique dito.
Conquanto, o mais importante aqui é refletir o que há dentro de nós, se, talvez, a ânsia capitalista nos tenha incutido os números de uma extensa mais valia e nos fez esquecer como é bom conhecermos o que há dentro de cada um, as minúcias e diferentes perspectivas, vendadas para enxergarmos apenas o horizonte verticalizado e que torne certos conceitos uma penumbra. Sonhar às vezes é bom e, em certos momentos, nos iludir. Porque o néctar da vida é isso, mas, sem pecar pelo excesso.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Percursos

Prometer é um ato que é demasiadamente sério e acima de tudo, com várias ramificações. Primeiramente, a promessa é garantia de que algo irá ocorrer ou de que alguma postura antiga será renovada, causando surpreendimento. Porém, ao mesmo tempo, há a espera do outro que, por muitas vezes descrente, não acredita que tudo pode mudar em uma sucessão de dias. Mas há algo que é muito importante em tudo o que fazemos: a paciência. A paciência para gerar a credibilidade em confiar no outro e inclusive, em nós mesmos. Se isso for alcançado será, sem dúvidas, o primeiro passo para atingir novos horizontes. Às vezes, o medo de arriscar nos torna meios estáticos, inertes ou até imóveis o suficiente para seguir algo ou para aceitar um fato que poderia mudar significativamente o rumo de toda uma vida. Mas é questão de escolhas de cada um e das prioridades. Só não esqueça de enxergar com uma minúcia tremenda todos que estão a sua volta. O melhor de você pode não estar externamente, mas sim, dentro de um eu nunca antes conhecido. Ame-se sem medidas. Ame o outro sem medidas. Dance como se ninguém estivesse observando. Afinal, os momentos é o que constrói o agora. O passado...já coube ao tempo e a nós torná-lo bom ou ruim.

"O passado é um ótimo lugar para se visitar. Porém, não para se viver".

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fluídos

As borboletas passam por um díficil processo para chegarem a seu estágio. Primeiro, são lagartas, que rastejam. Após isso, ficam enclausuradas em um casulo esperando o seu belo gran finale: ser livre. Eu, em certos momentos, ou talvez, até na maioria deles, me sinto como uma lagarta ainda em plena evolução. Porém, parece que quanto mais busco esse avanço, regrido em todo o processo. Às vezes, por osmose, queria apenas adquirir novos hábitos, menos complexos e também, retirá-los do meu inconsciente. Mas é deveras difícil esquecer algo que já passou. Parece que sempre resta um resquício, uma marca. Talvez não precise de ares mais puros e nem de mais janelas. A mudança começa pela gente, mesmo que dolorosa, mas é nossa, única e exclusivamente, nossa.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Por fim.


Todos os dias paro pra pensar e repensar diversos assuntos. Dentre eles, me enfoco muito na fidelidade em relação as coisas. Não devemos ter só fidelidade em um relacionamento, seja ele qual for e sim, devemos ter fidelidade em tudo. Parece um tema já falado, mas hoje, com uma outra abordagem. E a fidelidade leva ao respeito. Ao respeito por si, pelo seu ofício, seja pro que for. E assim, a vida segue seu rumo. Uma coisa, que por mais corriqueira e simples é a noção de todos esses termos. Muitos não têm e eu, sinceramente, cansei de ser sentinela, sempre a observar os movimentos de uma pessoa e podar a cada minuto algo que ela possa fazer para me desrespeitar ou me "trair". Eu quero mesmo mais compreensão, talvez até mesmo de mim. Não quero mandar nas pessoas, só quero me impor. Não quero ser tirano, jamais. Apenas respirar tranquilo por ter, enfim, algo de "verdade".

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Sobre os sentimentos palpaveis, mensuráveis e suas controvérsias.

Há muito mais na beleza do amor. Digo isso porque além de ser extremamente poético, é sutil. Sutil não por estar sendo falado de amor, mas sim por se ter a sensibilidade suficiente para sublimá-lo. Realmente, não precisamos saber que o amor de fato existe, precisamos senti-lo. Não senti-lo como uma foto, que você perfeitamente o momento, as linhas, as formas. E sim, senti-lo como uma boa respiração. O problema, é que muitas vezes deixamos de prestar a atenção, simplesmente por já estarmos acostumados, talvez até acomodados. E nessa abstinência da minúcia, acabamos por perder os detalhes que poderiam ser notórios para uma existência muito mais prazerosa. É essa respiração ofegante que me faz viver e que me cobre de sentido hoje em dia. Esse amor sem catalogação, simplesmente amor.