quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Interfaces


Acredito que tudo tenha o hábito de mudar. A cada segundo adquirimos um novo gesto, compomos um neologismo, tanto nas palavras quanto nas ações e por fim, nos permitimos. Às vezes até inconscientemente, adquirimos novos aspectos na nossa aparência, novas nuances nas metáforas que antes eram arcaicas, mas hoje, se adaptam, se transmutam, se inovam. E acho que esse é o verdadeiro sabor da vida, o sabor ora amargo, meio ácido, ora doce. Porque não há nada mais bonito do que ver o sorriso de quem se ama, do que provar dos gostos mais simples de um verdadeiro amor. Acho que devemos raramente nos prepararmos para algo, até porque é melhor quando há a surpresa, ou improvável e até sim, aprendemos e apreendemos novas coisas. Há mais no sonho do que no real. Nele não temos fronteiras para mostrar quem somos. Porém, é na realidade que nos expomos e é nela que podemos escolher: nos mostramos ou nos escondemos, sem brilhar.

Um comentário: