quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Devaneios
Já parou pra pensar como a maioria das coisas são demarcadas em nossa vida? Em uma antiga reminiscência do 'Pequeno Príncipe'parei para refletir: os números, em sua vasta imensidão e complexidade, às vezes, não traduzem ou não servem para nada. Em muitos momentos ouvi coisas do gênero: "você é muito novo(a) para namorar", ou seja, quer dizer que tem uma idade certa para encontrar o novo amor? Ou então: "esses 10 quilos fizeram diferença", quer dizer que, se eu perder peso vou estar aceitável ou mais bonito? Para sociedade ou para mim?
O que me indago - desde de pequenos raciocínios até aos mais complexos - é que, devemos sempre fazer escolhas para as nossas vidas e, na maioria das vezes, elas tendem a ter uma única via: ou se agrada aos outros ou a si mesmo. E por que não a si mesmo? Não é você que terá de encarar as consequências das suas próprias escolhas? Seja qual for o peso que lhes fora conferido. Porém, ser esteticamente saudável, sexualmente ativo não é pressuposto nenhum para que esteja bem por dentro. Lógico, há diferenças rasuáveis para cada necessidade, vontade e desejo do ser humano. Afinal, a diferença é um elemento que nos torna únicos. Imprescindível é a distinção entre os elementos tênues que fazem parte de você, dos outros e da sociedade. Alguns valores são adaptados para se conviver em boa sociedade. A numeração da idade, realmente, diz algo sobre o que você é? Para mim, serve apenas para se contar rugas, para poder frequentar ambientes restritos para maiores de idade e talvez, até, para se elencar uma relativa experiência - mesmo com suas diversas ressalvas, que fique dito.
Conquanto, o mais importante aqui é refletir o que há dentro de nós, se, talvez, a ânsia capitalista nos tenha incutido os números de uma extensa mais valia e nos fez esquecer como é bom conhecermos o que há dentro de cada um, as minúcias e diferentes perspectivas, vendadas para enxergarmos apenas o horizonte verticalizado e que torne certos conceitos uma penumbra. Sonhar às vezes é bom e, em certos momentos, nos iludir. Porque o néctar da vida é isso, mas, sem pecar pelo excesso.
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talvez contar nºs seja o menos importante....
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