sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Namoricos.

Ele olhava para mim como se fosse engolir o que havia de mais libidinoso em mim, o instinto do desejo, as palavras que mal conseguia dizer em sua presença. Corria com a boca para desejar o ceu, mas só em pensamento. Parecia que tanto querer seu toque, alucinava-o. E assim, em devaneios instantaneos sentia o meu aparelho psiquico levemente sendo satisfeito. Porém, era uma satisfação pela metade. Não havia real contato. Amava a sua fronte, a sua nuca, a perplexidade do seu cabelo emaranhado. Ou mesmo assim, a sua falta de cabelo! Porque nele assimilva uma vertigem parecida com a cor flicts, ou seja, sem absoluta definição. Desejava-o e amava-o na mesma medida. Ora um pouco mais, ora menos. Mas o calor que era oriundo do meu âmago e aquele sentimento latente, era assim: só meu.

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